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Foto:  https://comoeuescrevo.com 

 

MAÍRA MENDES GALVÃO

 

 

Bacharel em Desenho Industrial pela Universidade de Brasília (2005). Mestranda em Estudos da Tradução (FFLCH-USP). Atua profissionalmente como tradutora, copidesque e revisora.

 

 

 

GALVÃO, Maíra Mendes.  Nove poemas de mau gosto.  São Paulo: Corsário-Satã, 2018.   26 p.   ISBN 978-85-93979-02-6   

Ex. bib. Antonio Miranda, doação do livreiro Brito.   

 

 

 

6

revelações

 

a virtude é do tamanho de um falo
cresce oportuna e seu motor é o poder
toda a fragilidade, projeta
no buraco
na lacuna
que, todavia, enquanto potestade,
quer proteger.

a virtude é do tamanho de uma torre
um farol excelso em território fundo
vigilante em riste convicta
da soberba acuidade triunfante
na guarda do cu de cristal do mundo.

 

e quando se estilhaça? o mundo acaba
em apoteose, hecatombe
ou em flato covarde
pedindo misericórdia?

revelações a um clique
nas pontas dos dedos
quando cair o pano,
no entanto,
ver-se-á, gemelares,
não detrás mas impressos
em sudário santimônio
os rastros e nada mais
de desdenhosa caridade.

 

 

            

             9
ofertório

 

             queres agregar
glória ó
inglório varapau
caradepau
mão no pau

glório nas
costas dela,
inglório pelas
costas dela

gregário de
sicofantas
mútuos passapau
passapano

verme vertical
tua egrégia cara
escarnecida está

 

 

10

canção dos corpos palustres

orgulho protozoárico
sonda ventriloquaz
cabrestos locucionários
caixilho pseudonormótico
atratores varejeiros
cateter encriptado
reprojeto isomórfico

finalmente aconteceu
o fim do mundo
e ninguém viu

ele gira,
gira em torno do eu.

— o tablete empunhado em riste
e a pressa dos substantivos
e a sentença dos adjetivos nos deixarão
— escorrendo e beijando
— o chão.

que venha a salinidade
coloide sem identidade

um pântano de potência
geladeira de compaixão

só a vida e um fundo escuro

e a forma mais impura

do eu.

 

 

 

 

*

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Página publicada em agosto de 2021


 

 

 
 
 
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